Psicologia comunitária: o que é e sua importância

Você já tinha ouvido falar sobre a psicologia comunitária? 

 Psicologia comunitária

A psicologia, de forma geral, busca a compreensão acerca de como o ser humano vive sua vida e forma a sua história. Assim, o papel do psicólogo é utilizar essa ciência para conduzir os pacientes à autodescoberta, à compreensão sobre as suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior” e exterior. 

Muito se fala sobre a psicologia clínica, que, por sua vez, tem como objetivo cuidar dos problemas das pessoas como indivíduos, ou seja, a infância dos pacientes, problemas de autoestima e depressão. Já a psicologia comunitária tem o foco em problemas da sociedade em geral e da forma como o indivíduo reage em relação à vida coletiva. 

A psicologia comunitária tem como foco tornar as pessoas ativos positivos em suas comunidades. Afinal,  as questões sociais afetam diretamente a saúde e o bem-estar da população.

Neste artigo, vamos falar um pouco sobre essa modalidade e sua importância para as pessoas e ainda mais para a sociedade em geral. 

 

O que é Psicologia Comunitária? 

A psicologia comunitária é uma vertente da psicologia social, e tem como objetivo solucionar problemas sociais pertencentes a uma comunidade. A psicologia comunitária tem como preocupação a forma que os indivíduos se relacionam com a sociedade. 

Dessa forma, ela pode ser trabalhada em grupos em forma de dinâmica e psicoterapia. Ela atua fazendo uma função política e social, empoderando os membros das classes populares para que eles possam ser agentes de transformação. 

O psicólogo comunitário traz melhorias pros indivíduos, fazendo com que toda comunidade possa se mobilizar em prol de melhorias da condição de vida do lugar. Com isso, oferece muitos benefícios aos moradores dessa comunidade como: 

  • O aumento da consciência a respeito das necessidades do grupo, sendo possível contatar parceiros para resolução de problemas;
  • A diminuição da alienação, evitando equívocos ou a exclusão dos membros que podem se beneficiar desse trabalho social;
  • A participação consciente e reflexiva tanto dos grupos beneficiados quanto dos de apoio na definição das prioridades de atuação;
  • O planejamento, a avaliação e a execução das atividades realizadas dentro das comunidades.

Como surgiu a Psicologia Comunitária?

A psicologia comunitária começou a surgir na década de 1960, época em que ocorria a ditadura militar no Brasil, quando alguns psicólogos sentiram que a psicologia clínica não conseguia atingir questões sociais mais amplas. 

Hoje, muitos reconhecem a reunião de psicólogos na Conferência Swampscott em 1965 como o início oficial da psicologia comunitária contemporânea. Nesta reunião, os presentes concluíram que a psicologia precisava dar um maior enfoque na comunidade e mudança social, a fim de abordar a saúde mental e o bem-estar. 

A ideia também não tinha como objetivo só a inclusão, mas também a melhora do modo de vida da população trabalhadora da comunidade. Desde então, é um campo que só cresce, deixando de ser voluntário para fazer parte de todo um ecossistema que envolve saúde pública. 

Assim, o tema vem sendo abordado de diversas formas, por diferentes meios. Um exemplo é a divisão 27 da American Psychological Association, Sociedade de Pesquisa e Ação Comunitária (SCRA), que é dedicada ao tema da psicologia comunitária. 

Várias revistas acadêmicas também são dedicadas ao tema, incluindo American Journal of Community Psychology, o Journal of Community Psychology e o Journal of Community & Applied Social Psychology.

Principais características da Psicologia Comunitária 

As principais características da psicologia comunitária e de um psicólogo comunitário são bem amplas e vão variar de acordo com a necessidade de cada comunidade. No entanto, de forma geral, tem alguns pontos importantes. 

Confira: 

  • Trabalhos sociais focados na melhoria da condição de vida de um grupo social específico
  • Melhora das relações envolvendo as pessoas, a natureza e instituições sociais
  • Aumentar o vínculo comunitário
  • Entendimento e análise das individualidades e psique das pessoas, mesmo o foco sendo no trabalho em grupo
  • Empoderamento dos membros das classes populares para que possam ser agentes de transformação. 

 

Conclusão

Neste artigo, conseguimos ver um pouco de como a psicologia comunitária é importante para a sociedade e para seus indivíduos. Mesmo que seja uma atividade relativamente nova, fica claro que ela é capaz de transformar a perspectiva das pessoas a respeito das necessidades desses grupos, além de dar voz à população para causas raciais, de gênero, classe entre outras. 

Os impactos dos fatores sociais e políticos têm afetado diretamente o bem-estar dos indivíduos, e com uma saúde mental em dia, é possível lidar com esses problemas de frente. É importante sempre analisar como a sociedade pode ser justa e democrática para os cidadãos mais vulneráveis, e um psicólogo comunitário tem como objetivo ressaltar essa importância mantendo os princípios éticos, solidários, buscando sempre a qualidade de vida dos indivíduos. 

Claro que isso é um trabalho em grupo, mas a psicologia comunitária tem um papel essencial para que tudo ocorra da melhor forma, favorecendo o maior número de pessoas. 

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