Inteligência emocional: significado, características e sua importância!

Neste artigo, explicaremos o que é, como surgiu o seu conceito, características e o valor da inteligência emocional, como pode ajudar tanto nos estudos quanto na carreira de um profissional. 

Inteligência emocional

De acordo com uma pesquisa divulgada pela revista Exame, 58% do desempenho de um profissional se deve à sua inteligência emocional. 

Além disso, 90% dos que apresentam o melhor rendimento no trabalho possuem um alto nível dessa habilidade. Sem dúvidas, esses números revelam a importância da inteligência emocional.

Quer saber mais sobre o assunto? Acompanhe os próximos tópicos!

 

O que é inteligência emocional?

Uma boa definição da inteligência emocional é dada no livro “Inteligência emocional — a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, escrito por Daniel Goleman. Segundo ele, essa habilidade é a capacidade de reconhecer nossos próprios sentimentos e os das outras pessoas.

Também envolve a automotivação, bem como a gestão dos impulsos em nós e em nossos relacionamentos. Ampliando esse significado, podemos dizer que a inteligência emocional é essencial para nos comunicarmos melhor, superar conflitos, desafios e aliviar sentimentos indesejados (como o estresse, ansiedade e tristeza).

Devido a esses benefícios, o livro citado coloca a inteligência emocional (ou o coeficiente emocional — QE) acima do coeficiente de inteligência (QI). Explicando o motivo disso, é dito que o QI representa apenas 20% das aptidões necessárias para que um indivíduo se torne bem-sucedido. Os outros 80% deve-se ao QE.

Sendo assim, no mundo corporativo, por exemplo, um profissional com um alto nível de QI tem excelentes chances de conseguir um bom emprego. No entanto, é o QE que garantirá a permanência do profissional na organização, além do sucesso na carreira interna.

Além disso, reforçando a ideia de que essa habilidade é muito importante para o mundo dos negócios, citaremos dados da “Pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, produzida pela Robert Half. Esse estudo mostra que:

  • 55,74% dos líderes apontaram o comportamento como uma das habilidades mais valorizadas na contratação;
  • 45,95% disseram que a mente e a inteligência são os fatores que mais geram lucros para os negócios.

Como surgiu a ideia de inteligência emocional?

A primeira menção que se tem notícia sobre a inteligência emocional foi feita no século XIX. Nessa época, Charles Darwin a definiu como expressão emocional necessária para garantir uma vida saudável capaz de se adaptar e sobreviver ao contexto em que vivemos. Essa explicação está ligada ao conceito e teorias evolucionistas de Darwin.

Portanto, ao longo do tempo, foram surgindo outras ideias que contribuíram para a construção do conceito de inteligência emocional. Uma delas foi criada pelo famoso psicólogo Howard Gardner e ficou conhecida como a teoria das inteligências múltiplas.

Esse tipo de inteligência é bem mais complexo, pois envolve a gestão de sentimentos (medo, motivações etc.). Aliado a isso, está a capacidade de compreender e motivar outros. A partir desse ponto, novos estudos, pesquisas e teorias foram desenvolvidas até que os pesquisadores Peter Salovey e John D. Mayer criaram o termo inteligência emocional.

Isso aconteceu em um artigo da revista “Imagination, Cognition and Personality”, no ano de 1990. Entretanto, o conceito de inteligência emocional só foi claramente explicado e contextualizado no já citado livro de Daniel Goleman.

Uma vez que, relaciona com maestria os diversos aspectos da personalidade com as habilidades cognitivas humanas. O resultado é que o leitor tem uma compreensão profunda sobre a complexidade dessa habilidade tão valiosa.

 

Características da inteligência emocional

O estudo “A new Layered model on emocional intelligence”, publicado pela National Library of Medicine, apresenta a pirâmide da inteligência emocional. Esse gráfico representa todas as características dessa habilidade de acordo com os conceitos das inteligências intrapessoais e interpessoais definidos por Howard Gardner. No total, a pirâmide tem nove camadas. A seguir, falaremos sobre as cinco principais.

Autoconhecimento

O autoconhecimento é a capacidade de mudar ou gerenciar pensamentos, emoções e ações, diante das mais diversas situações da vida. Isso ocorre quando o indivíduo conhece seus sentimentos, comportamento e traços de personalidade. Entre os benefícios do autoconhecimento, está o fortalecimento da:

  • Consciência emocional;
  • Autoconfiança;
  • Autoestima.

Outra vantagem é identificar os pontos fortes e fracos. Dessa forma, diante de circunstâncias desconfortáveis nas quais normalmente falaríamos, é possível planejar de antemão a melhor maneira de contorná-las. Do mesmo modo, o planejamento ajudará a potencializar os pontos fortes para sermos melhor sucedidos nos estudos ou no trabalho.

Controle emocional

Quando falamos em controle emocional, nos referimos também ao autogerenciamento. Assim, por meio dele, controlamos as nossas reações em vez de sermos conduzidos por sentimentos ou comportamentos impulsivos. Quanto maior for o controle emocional, melhor será a capacidade de gerenciar as emoções de forma positiva.

A consequência disso é que nos tornamos menos críticos e reacionários às atitudes das pessoas. Por outro lado, ficamos flexíveis, receptivos e extrovertidos. Por isso, o ambiente em que estamos, e os relacionamentos, se tornam mais leves e descontraídos.

Automotivação

Nem sempre nos sentimos motivados para realizar tarefas do dia a dia. Quando isso acontece, a inteligência emocional nos ajudará a ter automotivação. Essa característica se refere ao uso das emoções positivas para atingir um objetivo, meta, finalizar uma atividade pessoal ou profissional.

Muitas vezes, a automotivação vem ao pensarmos nas recompensas ou resultados de cumprir certa tarefa. Por exemplo, estudar todos os dias durante um período pré-determinado, será mais agradável se lembramos que potencializará nossos conhecimentos e as chances de conseguir um bom emprego no futuro.

Empatia/Consciência social

Reconhecer e compreender as emoções das pessoas ao nosso redor – isso é empatia ou consciência social. Para obtê-la, é essencial que o indivíduo tenha desenvolvido o autoconhecimento. Afinal, não há como entender os outros quando não nos entendemos.

Na prática, essa característica da inteligência emocional nos leva a observar como as pessoas reagem em diferentes situações. Em seguida, nos alinhamos com esses comportamentos para obter boas interações e os melhores resultados. Podemos dizer que a empatia e a consciência social quebram barreiras sociais, como o preconceito.

Gestão de relacionamento

Já a gestão de relacionamento é importante para manter boas relações sociais, comunicação clara, influência e administração de conflitos. Essa habilidade torna, por exemplo, um líder inspirador e muito admirado pelas pessoas.

Atualmente, os profissionais com capacidade de gerenciar os relacionamentos são cotados para assumirem postos gerenciais nas empresas. Uma vez que, terão mais facilidade em lidar com times e manter o espírito de união entre os colaboradores.

 

Qual a importância da inteligência emocional?

Anteriormente, ficou clara a importância da inteligência emocional nos vários contextos pessoais e sociais. E de acordo com o estudoThe Reinvention of Company Culture”, publicado pela Linkedin, essa habilidade (que também é conhecida como soft skill) será cada vez mais requisitada e valorizada.

A seguir, mostraremos como a inteligência emocional é valiosa em três áreas específicas.

Saúde mental e física

A pandemia do Covid-19 expôs a fragilidade da saúde mental e física de muitos trabalhadores. Devido às medidas de isolamento social, boa parte das empresas enviaram as suas equipes para o home office, gerando solidão, ansiedade e depressão em grande parte dos colaboradores.

Nesse sentido, circunstâncias desafiadoras como essas são melhor gerenciadas por meio da inteligência emocional. Dessa forma, o profissional procura meios de minimizar os sentimentos negativos, como terapias alternativas, interações descontraídas por videoconferência e pequenas pausas no trabalho no decorrer do dia. 

Melhores relações

Vivemos em um mundo de transformações rápidas que geram muitas ansiedades e afetam o relacionamento humano. Por isso, está cada vez mais difícil lidar com conflitos entre profissionais de empresas, no ambiente acadêmico e até nos relacionamentos familiares.

Como vimos no tópico anterior, a inteligência emocional nos ajuda a desenvolver a empatia e consciência social. Ao se colocar no lugar do outro, tentando entender seus sentimentos e reações, encontramos o segredo para melhores relacionamentos.

Controle de situações e resolução de conflitos

Muitas vezes, não conseguimos mudar uma situação, mas podemos escolher a maneira como lidaremos com ela. Esse é um dos traços da inteligência emocional. Sendo assim, nos tornamos capazes de olhar para as situações por um ângulo diferente e encontrar boas soluções para os problemas e desafios que aparecem.

 

Como a inteligência emocional pode auxiliar nos estudos e na carreira?

A pesquisa “Emotional Intelligence as a Predictor of Academic and/or Professional Success”, apresentada pela National Library of Medicine, afirma que as pessoas com inteligência emocional têm maiores chances de acerto nas tomadas de decisão. Esse é um fator importante para o sucesso na vida empresarial e acadêmica.

Vejamos, agora, outros aspectos dessa habilidade que também ajudam nessas áreas:

Ajuda a lidar com críticas

As críticas fazem parte do nosso crescimento como pessoa e profissional. Se não soubermos lidar com elas, logo perderemos rendimento nos estudos e na carreira. Isso acontece porque os que fecham os ouvidos para críticas, acabam se isolando e perdendo dicas valiosas para o desenvolvimento pessoal.

Quanto existe inteligência emocional, reconhecemos que as críticas (negativas ou positivas) são verdadeiros indicadores do que precisamos melhorar. Usá-las para reflexão ajudará no reconhecimento de pontos fracos. Dessa forma, é possível se fortalecer ainda mais.

Auxilia no relacionamento com colegas de trabalho e estudo

A inteligência emocional nos leva a construir bons relacionamentos com as pessoas com quem trabalhamos ou estudamos. Com relações mais próximas e fortes, nos sentimos mais seguros e felizes. Afinal, esses sentimentos são essenciais para a elevação da produtividade nas tarefas empresariais e acadêmicas.

Maior responsabilidade com as obrigações

Como o autogerenciamento é fruto da inteligência emocional, os que possuem essa habilidade são responsáveis com as suas obrigações. Isso acontece porque entendem o valor de uma boa reputação e demonstram respeito pelos que estão envolvidos em um compromisso assumido. 

Além disso, os que têm inteligência emocional percebem que ser responsável é a receita para o sucesso na vida.

Melhorar seu atendimento ao consumidor

Ao demonstrar empatia (característica da inteligência emocional), o profissional lida melhor com os clientes da empresa. Até mesmo em situações estressantes, como críticas e reclamações de consumidores, o profissional não levará para o lado pessoal. Pelo contrário, tentará encontrar as melhores soluções.

Por fim, com certeza, a inteligência emocional é uma habilidade determinante na vida de qualquer pessoa. Seguindo as dicas apresentadas neste conteúdo, é possível desenvolvê-la e colher os bons resultados tanto na carreira corporativa quanto nos estudos.

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