Uma dúvida comum entre estudantes e profissionais do direito é se é possível empreender na advocacia. Nesse texto você encontra a resposta!
Num mundo onde o mercado de trabalho está em constante mudança, o emprego formal é cada vez mais visto como um modelo demasiadamente rígido que impediria as pessoas de expressarem todo o seu potencial. Neste contexto, o empreendedorismo surge como caminho para a independência financeira.
A pessoa engajada no empreendedorismo é chamada empreendedor, e é ele que estará à frente do projeto. Para alguns profissionais, a ideia de se tornar um empreendedor muitas vezes soa como um sonho.
Contudo, é preciso ter os pés no chão e reconhecer que embora seja fascinante ser dono do seu próprio negócio, também existem dificuldades.
Empreender é uma escolha que requer qualidades e habilidades bem definidas, como criatividade, resiliência, autoconfiança e disciplina. Portanto, o empreendimento jurídico não é diferente. No post de hoje discutiremos como um profissional do Direito pode criar seu próprio negócio e quais são as estratégias recomendadas para o sucesso!
Se o seu interesse é empreender na área de advocacia, esse texto é para você! Aproveite a leitura!
O que é empreendedorismo?
Empreendedorismo refere-se a execução de um projeto ou o início de uma atividade, como mostra seu significado etimológico. O dicionário indica sinônimos como apostar, arriscar, experimentar – três verbos de ação que definem perfeitamente o significado transmitido por este termo.
De fato, como idealizador de um projeto, o empreendedor deve formular um plano de negócios para que a atividade possa começar e progredir. Ele também é quem mais arrisca ao iniciar uma atividade cuja única garantia é sua criatividade e ousadia.
Empreender também significa assumir um compromisso, tanto com os parceiros, assegurando-lhes que o projeto atual é uma boa ideia, quanto com os colaboradores, convencendo-os de que a sustentabilidade da empresa lhes dará estabilidade em seus cargos e lhes proporcionará desenvolvimento de carreira.
Além disso, o empreendedorismo é definido como a capacidade de criar valor agregado a partir de recursos limitados, de explorá-los para poder responder a uma demanda expressa pelos consumidores
Embora a ideia de se tornar seu próprio chefe, ter liberdade financeira, flexibilidade de horários, será que qualquer pessoa pode se tornar um empreendedor? E os profissionais do direito? É possível aplicar o empreendedorismo na advocacia? Essas são algumas perguntas que responderemos a seguir.
É possível empreender na advocacia?
Se você deseja empreender na área jurídica, pode ficar tranquilo!
A entidade que regulamenta a profissão, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não estabelece nenhuma norma impeditiva para tal atividade por seus inscritos.
Sendo assim, um advogado pode ter uma empresa e constituir CNPJ, podendo solicitar, inclusive, o enquadramento no Simples Nacional. Entretanto, é preciso algumas ressalvas.
A princípio, advogados não podem ser empresários: isto está claro no regimento da profissão. Cabe, então, esclarecer que apesar da possibilidade de registrar um CNPJ para prática da advocacia, os profissionais do Direito não podem ser identificados sob a nomenclatura empresários.
Pode parecer um pouco confuso, mas em outras palavras, deve-se ter a clareza de que, ao registrar uma empresa formal, os serviços prestados nesse contexto, devem ser estritamente vinculados à profissão de advogado – nada além dos limites estabelecidos pela categoria.
Tal limitação é imposta no momento da abertura junto à OAB, que exige também que os participantes das sociedades de advocacia sejam habilitados para a prática deste tipo de atividade jurídica.
Possibilidades de empreender na advocacia
No empreendedorismo para advogados, o modelo de negócio mais comum é o escritório de advocacia ou as startups jurídicas, conhecidas como lawtechs ou legaltechs. Nesse formato, os profissionais do Direito atuam como gestores, e a origem da receita é a prestação de serviços jurídicos.
Essas atividades referem-se ao oferecimento de assessoria ou consultoria em ações e procedimentos que exijam a observância da lei, como por exemplo uma contratação sob as normas da CLT ou o estabelecimento do regimento interno de uma instituição.
Atualmente, é possível encontrar lawtechs que oferecem mediação e arbitragem na resolução de conflitos relativos em ambiente virtual, ou, ainda, prestando serviços analíticos em jurisprudência sobre determinado caso, a fim de mensurar a probabilidade de sucesso em uma estratégia judicial.
Para se empreender no direito, assim como em qualquer outra área, é preciso reconhecimento enquanto autoridade na área e construir uma carteira de clientes.
Uma boa alternativa para alcançar esses resultados é investir em networking, participando de eventos, oferecendo palestras ou integrando comissões da OAB.
A seguir você confere algumas estratégicas para ser bem-sucedido empreendendo na advocacia. Confira!
Estratégias para empreender na advocacia
O Brasil é um dos países com maior número de advogados do mundo. Portanto, para se destacar, sobretudo como profissional liberal autônomo, é preciso estabelecer uma estratégia de negócios sólida. Confira nossas dicas!
Estabeleça metas e trabalhe para alcançá-las
O empreendedor de sucesso não atinge objetivos grandiosos por acaso. Assim, o ponto de partida é o planejamento e a definição de objetivos mensuráveis e de fácil acesso: etapas intermediárias que levam ao alcance do resultado.
Dessa forma, cumprir pequenos desafios todos os dias ajuda você a enfrentar o grande desafio de um projeto como um todo. Se para se tornar um empreendedor é preciso ter uma boa visão geral, é verdade que saber quebrar procedimentos é a quintessência do dia a dia.
Foque no estudo e crescimento individual
O Direito sofre transformações diariamente, seja em trechos legais e em jurisprudências, seja no surgimento de um novo código ou uma reforma substitui uma parcela substancial das normas pré-existentes.
Além disso, você olhará para as empresas ao seu redor, seus concorrentes bem estabelecidos e poderá bater um certo desânimo só de pensar na longa jornada até o sucesso. A verdade é que todos esses bons empreendedores já se encontraram no seu lugar. No começo, é normal não ter todas as respostas e, provavelmente, você nunca as terá (segredo: ninguém as tem!).
Portanto, aprender novas habilidades deve ser parte integrante de sua rotina diária. Reserve um tempo para se manter atualizado, pesquisar na internet, ouvir um audiolivro e aprofundar seus conhecimentos.
Somente reconhecendo que você não sabe de todas as coisas que você poderá aprimorar suas habilidades e se sentir motivado todos os dias.
Abrace as dificuldades
Passemos ao lado menos poético de se tornar um empreendedor de sucesso: as dificuldades. Além do sucesso, fama, satisfação, você também terá que lidar com aspectos menos agradáveis: cansaço, ansiedade, críticas duras e, às vezes, imerecidas, lágrimas, autossabotagem…
Ninguém gosta dessa parte do empreendedorismo e, ao mesmo tempo, é importante entender que essas são experiências inevitáveis. Abrace essa parte do seu trabalho e não tenha medo de se colocar em situações que o tirem da sua zona de conforto. Afinal, estes são os momentos em que o seu verdadeiro crescimento profissional acontece.
Invista no marketing digital
Estude e entenda como é possível realizar marketing sem desrespeitar as normas da OAB e arriscar perder sua licença! Observe que o advogado não pode ofertar publicamente vantagens, nem veicular publicidade em rádio, TV, outdoors, muros e dentre outros espaços públicos.
Entretanto, em relação ao marketing digital, existe certa margem de atuação, sobretudo no inbound marketing. Então, invista na sua presença nas redes sociais e produção de conteúdo, como textos, vídeos, podcasts, infográficos e e-books. Com estratégia, seu negócio chegará ao público-alvo e você conquistará novos clientes.
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Por fim, agora você sabe que é perfeitamente possível empreender na advocacia!
Tornar-se um empreendedor não é um objetivo para os fracos de coração – você irá precisar de determinação, instinto, trabalho duro e muita paciência.
Durante sua jornada, você ouvirá histórias de empreendedores que investiram em uma única oportunidade e saíram vitoriosos depois de seis meses ou alguns anos. No entanto, essa é a exceção, não é a regra.
A verdade é que a maioria dos profissionais que seguem por esse caminho falham. Isso é normal! Por esse motivo que a resiliência se faz indispensável para alcançar sucesso o mundo dos negócios. Você absorverá as perdas com mais facilidade se correr riscos calculados no início, o que lhe proporciona lições valiosas!
Além das dicas apresentadas ao longo do texto, não pode-se esquecer que a principal forma de obter reconhecimento no Direito é investir em uma formação. Advogados que possuem anseio em empreender deve, também, ter consciência disso. Procure sempre evoluir e qualificar-se: estar preparado quando surge uma oportunidade é a chave para o sucesso!
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